Friday, April 23, 2010

O filme Chico Xavier supera 2 milhões de espectadores em todo Brasil

Produtor avalia que o momento é decisivo pra que o filme continue a bater recordes





Em 18 dias de exibição, o filme "Chico Xavier", dirigido por Daniel Filho, foi visto por mais de dois milhões de pessoas no Brasil. O co-produtor de longa-metragem, Luís Eduardo Girão, da cearense Estação Luz Filmes, diz que esta semana é decisiva para o filme permanecer mais tempo em cartaz.

“Com estréias de megaproduções como ‘Alice no País das Maravilhas’, é importante que as pessoas intensifiquem a mobilização falando para familiares e amigos sobre o filme ‘Chico Xavier’.

Assim, a mensagem de esperança e consolo de Chico atingirá mais e mais pessoas. A hora é agora. As pessoas que gostam e admiram Chico Xavier precisam mostrar que é este tipo de filme que o mundo precisa e não o velho clichê do cinema como carros capotando, violência barata, sexualidade exacerbada e exploração da miséria humana.

Esse filme tem tudo para superar 5 milhões de espectadores mas para isso, precisa haver uma retomada do público”, diz ele.

Logo no primeiro fim de semana, a película bateu recorde nacional de bilheteria, quando teve um público de 600 mil espectadores, superando a comédia “Se Eu Fosse Você 2”, do mesmo diretor, que levou um público de 570 mil às salas de cinema do País quando estreou.

O recorde nacional de bilheteria dos últiomos 20 anos pertence justamente a "Se eu fosse você 2" com 6.5 milhões de espectadores. “É um momento mágico para o cinema brasileiro. Estamos próximos da consolidação de um novo gênero do cinema nacional, o Espiritualista, que pode ser exportado para o mundo inteiro”, considera Luís Eduardo.

Segundo ele, que também é diretor da Agência da Boa Notícia, o sucesso do filme, por sua mensagem positiva e que eleva a auto estima das pessoas , tende a motivar outros produtores a investir em filmes nessa linha.

Os cinemas têm lotação de pessoas de todas as idades, classes sociais e crenças religiosas graças à mensagem de fraternidade, consolo e esperança de Chico Xavier (1910 – 2002). Baseado no livro “As Vidas de Chico Xavier”, de Marcel Souto Maior, o filme tem três atores no papel do médium mineiro: Matheus Costa (infância), Ângelo Antonio (juventude) e Nelson Xavier (maturidade).

O médium mineiro foi grande divulgador do Espiritismo, doutrina codificada pelo francês Allan Kardec, e passou a vida dando exemplos da máxima cristã de amar o próximo.

Mesclando momentos de drama e humor, o diretor Daniel Filho apresenta Chico Xavier em seus aspectos humanos e espirituais. Estão na trama os lances de incompreensão e intolerância que sofreu por causa de suas manifestações mediúnicas, a disciplina diante da missão de psicografar mais de 400 livros, a humildade e honestidade em jamais querer receber nada em troca do bem que espalhava. Mesmo com muito sofrimento, Chico enfrentou com bom humor muitas situações da vida.

O filme é uma produção da Lereby, co-produção da Globo Filmes, Downtown Filmes, Sony Picutores e da cearense Estação Luz Filmes. Entre os patrocinadores estão o Governo de Minas Gerais e a empresa cearense Servis Segurança, além de apoiadores como a Agência da Boa Notícia. O filme ainda continua em cartaz em 377 salas de cinema de todo o país.

______
Mais informações: Luís Eduardo Girão, da Estação Luz Filmes – (85.9111.7476)
Fonte: Agência da Boa Notícia - (fone: 85 3224 5509)
http://www.boanoticia.org.br/ / http://twitter.com/boanoticia

Thursday, April 22, 2010

é sem cangalha que me vou


Ah o infinito!
finito definido
indefinido rito

Ah, pudera
tanta quimera
pouca gente

Humanidade nada
desumanidade tudo
quanta unanimidade!

Passeiam urubus e soldados
fortementemente armados
entre plantações de papoulas

Ah, se isso tanto me espanta
ainda estaria vivo e acordado
talvez sobrevivendo, se tanto

Há que nadar, sorrir, aplaudir
Há que chorar, morrer, pedir
Há que perceber a mesmice e sair


Vou ali regar os jardins da babel
Vou só, sem cangalha, vou só
Vou de asa delta, salto sem rapel

TV Globo, o clip do Serra e os ingênuos

do blog do Altamiro Borges

O clima é de velório na TV Globo! Em menos de 24 horas, a poderosa emissora foi obrigada a retirar do ar um comercial comemorativo dos seus 45 anos que custou uma fortuna – envolvendo vários artistas e milionária produção. O clip parecia uma peça publicitária do presidenciável demotucano José Serra. Utilizava um bordão s emelhante ao da sua campanha, “O Brasil pode mais”, com as estrelas globais em coro implorando “todos queremos mais”, e trazia em destaque o número 45, o mesmo da legenda do PSDB – inclusive com uma fonte de letra bastante similar.

O ousado e descarado comercial gerou uma imediata onda de indignação na globosfera. Marcelo Branco, um dos responsáveis pela campanha de Dilma Rousseff na internet, acusou a TV Globo de fazer propaganda subliminar do adversário. “Eu e toda a rede vimos essa alusão”, disparou em seu twitter. Já o jornalista Paulo Henrique Amorim, do acessado blog Conversa Afiada, exigiu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) averiguasse a possibilidade de crime eleitoral promovido pela emissora. O “clip pró Serra” foi exibido com críticas em centenas de sítios e blogs.

Desculpa esfarrapada e risível

Diante do levante dos internautas, a emissora colocou o rabinho entre as pernas e retirou o vídeo das telinhas e do seu próprio sitio. Quem clica na página recebe a curta mensagem: “página não encontrada”. Numa nota lacônica, a Central Globo de Comunicação ainda tentou justificar a feia pisada na bola. Afirmou que o filme foi criado em novembro de 2009, quando “não existiam nem candidaturas muito menos slogans”, e informou: “Mas a Rede Globo não pretende dar pretexto para ser acusada de ser tendenciosa e está suspendendo a veiculação do filme”.

A desculpa é das mais esfarrapadas e risíveis. Será que o candidato tucano, após reunião secreta no Jardim Botânico, roubou o mote do comercial comemorativo de TV Globo? Seria mais um crime de plágio, tão comum a Serra. Ou foi a emissora que aproveitou o lema de campanha da oposição para fazer propaganda antecipada? Seria um nítido crime eleitoral. Ou as duas hipóteses? Os vínculos políticos entre Serra e a famíglia Marinho são antigos e notórios. A TV Globo teria todo o tempo hábil para cancelar o clip e evitar o vexame, mas preferiu apostar no seu prestígio.

Uma emissora “tendenciosa” e cínica

Quanto a ser tachada de “tendenciosa”, como afirma a risível nota, isto não é uma acusação, mas sim um fato – comprovado pela história. A TV Globo tentou fraudar a vitória de Leonel Brizola nas eleições para o governo do Rio de Janeiro em 1982. A TV Globo escondeu as manifestações das Diretas-já, tratando um gigantesco ato em São Paulo como “uma festa de aniversário” da cidade. A TV Globo forjou a imagem do “caçador de marajás” para garantir a vitória de Collor de Mello em 1989. A TV Globo criminaliza os movimentos sociais, tratando-os como “caso de polícia”, e faz de tudo para desestabilizar o governo Lula – inclusive apostando no seu impeachment.

Mais recentemente, a TV Globo foi a principal patrocinadora do seminário da Casa Millenium, que reuniu os barões da mídia com o objetivo explícito de traçar uma tática unitária para derrotar Dilma Rousseff. Os astros globais, como Arnaldo Jabor, Willian Waack e outros, foram os mais hidrófobos nos ataques à candidata que representa a continuidade do projeto do governo Lula. O clip pró Serra talvez tenha sido uma das peças da TV Globo para a batalha sucessória. Mas a poderosa emissora, que se acha um semideus, acabou se dando mal e pagou um baita mico.

“Foi sem querer, querendo”

Este episódio grotesco traz várias lições. Por um lado, comprova que a batalha eleitoral deste ano será das mais sujas e ardilosas e confirma que os principais meios de comunicação já escolheram o seu lado e não vacilarão na campanha. Não dá para ser ingênuo ou alimentar qualquer ilusão na pretensa neutralidade da mídia. Por outro, ele mostra que a sociedade está mais atenta diante das manipulações e indica que a internet terá maior influência e será uma arma poderosa neste pleito, ajudando a fiscalizar as sujeiras e manobras dos barões da mídia.

Para Rodrigo Vianna, do blog Escrevinhador, “o interessante é que o recuo da Globo mostra que eles temem a internet. Foi pela internet que se deu o alarme contra a propaganda descarada para o Serra. A Veja pode se dar ao luxo de cair no gueto da extrema-direita... A Folha e o Estadão também podem cair no gueto. Já caíram. Mas a TV Globo, não. Ela fala para milhões. Se ficar colada à imagem dela o rótulo de antipopular, o estrago será enorme. A Globo – a essa altura do século 21 – precisa agir com um pouco mais de cautela. Vai fazer campanha para o Serra, não resta dúvida. Mas sempre que isso ficar escancarado, ela vai recuar e dizer: ‘foi sem querer, querendo’”.